quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Me desculpe, eu preciso escrever sobre essa tal da Síndrome de Impostora...

Faz um bom tempo que não publico um texto neste blog. Numa pequena passada rápida nos posts mais antigos, percebo que esse “pedido de desculpas” virou quase que um padrão textual introdutório da minha parte. Involuntário, muitas e muitas vezes. Mas que agora percebo que não tem saído do meu discurso. Eu sei, é super louco: você pede desculpas por não escrever pra ter pessoas que voltem a te ler. Pode pesquisar aí meus textos anteriores. “Não pera, desculpa”. E a gente chega ao ponto de pedir desculpas por pedir desculpas tantas vezes. Quer ver?


A gente pede desculpas pelo atraso. A gente pede desculpa por interromper alguma coisa - mesmo que te permitam a fala. “Vai, sua vez”. “Não, não, desculpe, não pensei em nada. Desculpe”. A gente pede desculpas por não saber algo (oi?). A gente pede desculpas pela demora na resposta no WhatsApp. No Instagram. No e-mail. Pede perdón por não ouvir o áudio rapidamente; por não ver o link do post que recebeu. A gente se desculpa pelo atraso na resposta da marcação do Facebook - sim, ele ainda existe. Mas só pelo Messenger que não, tá? Esse aí não existe... sorry!

Aí a gente pede desculpas e ainda se justifica: “é que tava super corrido, eu até cheguei a visualizar, mas me desculpa mesmo”. E aquela olhadinha sem graça de gato de botas do Shrek. Foi mal, gente! 👀

Essa aí sou eu, após receber a notícia que estava indicada num prêmio de reconhecimento pela empresa toda. Cês acreditam? Porque eu não acreditei...

Nossa, me desculpe, eu nem falei sobre o tema deste post. Eu ainda tava me desculpando porque eu nem sei se sei falar muito bem sobre esse tal assunto de petição contínua de desculpas. Então, me desculpe, tá? Aliás, me desculpe por tantos pedidos de desculpas. Eu sei, tá meio cansativo. Eu encho o saco quando venho com essa de pedir desculpas por meio que existir, sabe?! Minha presença cansa. Os pedidos de desculpas também, óbvio.

Cara, você tá lendo meu texto ainda? No quinto parágrafo? Eu mereço mesmo toda sua atenção nesse dia corridaço em que você-não-responde-seu-super-amigo-no-whatsapp-e-ainda-consegue-ler-meu-texto??? Sabe essa sua caixa lotada, esses 17 grupos cheios de mensagens mais legais, as 8 directs paradas lá e você ainda tá ME LENDO? Me desculpa, de verdade! Você realmente não precisava fazer tudo isso por mim. Eu não mereço.

Ahhh! É um presente... PRA MIM? Vocês me escolheram, real/oficial? Mas você tem certeza? Não tinha uma amiga melhor pra conversar, uma companhia melhor pra passar o tempo, um flerte melhor no metrô, uma mulher mais bonita pra trocar ideia? Você pesquisou direito? De todas as opções que você tinha hoje, você resolveu separar um horário nobre pra me ouvir falar ou ler meu singelo texto? Vai me falar que eu sou tão interessante assim pra prender sua atenção?

Eu sei, tem dia que me arrumo legal, fico bonitinha e até coloco salto alto. Tá bom, escrever é algo que faço de um jeito bacaninha. Okay, eu estudei pra caramba pra isso. Mas mano! Encontrar uma mulher mais segura de si é tão mais fácil! Você sente que ela tá super bem e não vem com esse meu blá-blá-blá de quem anda meio perdida nas coisas. Comé que vocês me aguentam, hein?

Espera aí. Eu realmente mereço esse reconhecimento? Sou uma profissional tão boa mesmo? Não é possível! Você tá me comparando com quem?! Para com isso! Você se inspira no MEU TRABALHO?? Nas baboseiras que eu falo? Nos livros que eu leio? Nesses posts nada a ver que eu raramente posto aqui? Blah!

É, meus caros amigos, essa ~divertida mente~ é tudo isso e mais um pouco.

Contudo, pra diminuir meu desespero, esse tema, a chamada Síndrome de Impostora, chegou pra mim sem ao menos eu entender que era “eu todinha”. Foram alguns vários podcasts, textos, reportagens, publicações de outros blogs. Pode dar um Google ou clicar nestes links que marquei pra conferir (obrigada, Bom Dia, Obvious! e Blog da Bru Fioreti no Universa, só pra dar alguns exemplos). Então, foi aí que eu parei e pensei: "eeeeepa, não sou a única!" Calma! Não tô comemorando não! Longe de mim...Ops, quase saiu uma desculpa nova aqui.

Eu só quero dizer pra você, querido leitor e leitora (por quem agradeço a paciência na leitura), infelizmente, estamos todos sujeitos a esses pensamentos. Eu contei aqui: a palavra desculpa e seus sinônimos e conjugações foram, ao todo, escritos VINTE E NOVE vezes neste texto até aqui. Pasmem.

E eu fiz isso pra propor um pequeno exercício: se disponha a ler esse texto novamente só que agora em voz alta. Assim, você pode perceber que isso vai esgotar todo seu esforço para realizar pedidos de desculpas por quase um mês inteirinho! E que alívio, meu bem!


***

A gente precisa parar de achar que nossa existência é pequena demais pra merecer a atenção de alguém. Que essa quantidade toda de repertório que a gente possui - de forma exclusiva - pode ser pouca ou menos relevante do que outrem. Precisamos lembrar de toda essa bagagem de estudos, de ralação, aprendizados, experiências, vivências... todas valiosíssimas! Mesmo que, muitas vezes, pareça totalmente o contrário. Temos que nos dar conta que os lugares que ocupamos devem ser ocupados por nós mesmos sim e sim. E que, talvez, dependa disso pra ser muito bem preenchido!

Sabe a Barbie Fascista falando a memeira frase “porque eu mereci”? É o contrário verdadeiro disso (que, claro, denota privilégios bem arrogantes) - pois o assunto "meritocracia" num país tão desigual e com oportunidades distintas e separatistas como o Brasil já valeria outro texto. Mas o que falo aqui é do quanto se faz para merecer esse cargo, essa posição, esse lugar de fala, essa atenção de alguém, esse reconhecimento.

Mesmo que nem todo dia você esteja mega-blaster preparada pra reunião do trabalho. Mesmo que não esteja extremamente perfeita em todas as colocações que fala, nos pensamentos, looks, cabelo, maquiagem... E, claro, tá TUDO MAIS DO QUE BEM quando bater uma imperfeição de vez em sempre, viu? Alô, Brené Brown e sua maravilhosa palestra sobre vulnerabilidade! Ô palavrinha de paz essa!

O fato é: a gente merece MUITA coisa, meu amor! O que ninguém merece, absolutamente, é se desmerecer ao ponto de achar que é menos ou que é aquela fraude em pessoa pelo simples fato de EXISTIR. Nossa existência, na singular e individualidade, é tão, mas tão preciosa. Nossa história é tão única e existe taaanta coisa que podemos acrescentar no mundo. Por isso, nada melhor do que, neste momento, lembrar da frase ~comunistinha~ de que “se fere minha existência, serei resistência”.

Sempre. E isso vale até pra nossos próprios devaneios. Viva você, viva eu, viva nós. Somos todos merecedores - e não devemos aceitar nada diferente disso. Combinado, mente?! Mesmo que ela se esqueça, cê pode ler esse texto de novo outro dia. E sem desculpas pra não voltar, viu? 😜

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Pessoas estão casando, morando junto e engravidando e eu... bem, eu tô pensando na minha próxima passagem aérea!

Calma, gente. Isso não é uma crítica aos colegas, familiares, amigos e esse longo feed do meu Facebook e Instagram que já estão na fase de aumentar a prole. De coração. Esse texto nasceu apenas de uma reflexão (das leves até) na última tarde de feriado após uma festinha de novo casal na família (que foi uma graça, inclusive! 💕). Então, resolvi compartilhar pra quem esteja, espero eu -ao menos-, numa situação parecida ou que já esteve. Acho que me serve meio que de consolo ou de motivação, entende? Vem junto? 😁


Antes de tudo deixo uma ressalva importante pro meu futuro marido quando ler este texto (olha o tamanho da fé da pessoa aqui - já tem até mensagem pro companheiro que há de existir! haha): baby, saiba que eu também quero casar, morar junto e engravidar - de dois! Mas, sabe como é, sagitariana e viagens são praticamente sinônimos. No momento, essa é realidade em que estamos e, quer saber? que baita felicidade essa em que estou vivendo! Venha só pra somar, xuxu!

Pessoas queridas, vamos trabalhar com verdades neste lugar: eu não tô dando conta de listar o quanto tem gente engravidando nas minhas redes sociais (e nas redes reais também). Ou casando. Ou morando junto. Claro, quero manifestar meus sinceros votos de felicidades pra vocês. For real. E sei que chegará minha vez também. Mas, alguém aqui já esteve na condição de só pensar na próxima compra de passagem aérea??

É mais ou menos assim: VOCÊ SÓ PENSA EM VIAGENS. O site da Decolar te ama e o Google Ads só te indica novos lugares. Novos roteiros. Planejamento financeiro (dos pesados, meu bem). Organização de passeios. Compra de ingressos das coisas. Ideias a mil. 14 abas de navegação abertas no Chrome. E aquela vontade doida de curtir a própria companhia e conhecer tanta gente por esse mundo aí. Esse é o resultado pós-mordida pelo mosquitinho da viagem. Ele meio que te agarra e não larga mais, sabe? É muito real tudo isso, amigos!

Pra não me assustar com tamanha independência e vício (hiper positivo!) de só comprar mais e mais passagens e deixar os pensamentos todos voltados para as próximas possibilidades de pegar um meio de transporte AND estradas (seja terrestres ou aéreas), eu procuro seguir (literalmente) pessoas e dicas que me inspiram com essa vida loka.

Foi assim que surgiu a ideia desse post. Se eu sigo, leio, assisto e acompanho gente que tem seguido esse ritmo de vida, compartilhar aqui é quase que uma obrigação - que eu faço questão de cumprir!  Sendo assim, meu bem, resolvi listar algumas das minhas melhores motivações desta vida de viajante que me abraçou de vez e que tem me ajudado nesta fase deliciosa da vida. Mesmo com 27 anos. Mesmo solteira. Mesmo sem filhos até o momento. E felizona!

São essas aqui:

- Pra começar, seguir o grupo "Mochileiros" é fundamental! E tem também o "Mulheres que viajam sozinhas" que eu amo!

- Páginas de viagens no Instagram são deliciosas, mas recomendo só virar seguidor daquelas pessoas que são reais e tenham vidas reais (porque a gente não passa qualquer feriado emendado que der em Paris - e tudo bem!).

- Ler romances de viagens é incrível... E te motiva ainda mais. Passe uma tarde neste setor da Livraria Cultura. Quantas vezes não me vi sonhando em conhecer o homem da minha vida em um aeroporto??!

- Assista filmes e séries de mulheres independentes e que curtam a solteirisse bem resolvidas ou que passem por elas super naturalmente (com choros, paqueras e risadas). Como "Os Homens São de Marte... E é Pra Lá Que Eu Vou" no GNT e tantos outros que os algoritmos do Netflix te recomendar. Se esbalde!

- Acompanhe o site do Booking e todas as promos. Não precisa ficar a doida das pesquisas, mas vale ficar sempre dar "uma passadinha" - descontos acontecem mesmo!

- Por fim, tenho váários livros que retratam esse meu momento (e, pra quem quiser, podemos passar boas horas falando sobre eles), mas volta e meia, recorro a esse que vou deixar especialmente aqui. Se chama: "101 coisas para fazer antes de casar, engravidar ou envelhecer", da Sarah Ivens. Nome autoexplicativo e conteúdo inexplicável de bom!

No momento, tô escrevendo tudo isso e meu livro "Sex and The City" está aqui do lado me esperando. Porque é super possível curtir uma solteirisse durante uma sexta à noite. Com cobertor, pijama quentinho e seu pet pra acompanhar.
Vocês concordam?? Beijos e nos vemos logo mais!

terça-feira, 11 de junho de 2019

Mudei, fui embora e me transformei; mas me entenda, 'apesar disso tudo, tô legal!'

Terça-feira, 11 de junho de 2019. Mais de 11 e meia da noite. Comunicólogos por aí me entenderão... os textos mais intensos têm dessas de sair da gente em horas inesperadas, mas que, primeiro, tenham surgido dentro do coração. E é por isso que chego, de mansinho - mas com título impactante, pra te deixar com um sambinha na cabeça, depois de tanto tempo sem escrever por aqui. Vem comigo?

Eu sinto que deveria escrever algo como uma espécie de carta publicamente. Talvez alguém que deva ler, leia de fato e entenda a mensagem (não como indireta, diga-se de passagem). Talvez alguém que precise escrever, se inspire também. Ou, talvez, alguém que tenha que colocar pra fora (como eu) tome coragem pra o fazer. Bem na simplicidade e humildade assim.

Hippie Artesanatos - Foto Divulgação

De dois anos pra cá, eu voltei a estudar. Com aquela paixão novamente. Assim, numa difícil decisão, mudei de carreira e, após mais tempo ainda, consegui um novo emprego - depois de anos vivendo em outra área e alguns bons meses na procura.

Quase que no mesmo período de transição da vida, eu saí de um relacionamento doentio e passei a amar loucamente (no melhor sentido da palavra) a minha própria companhia.

Ainda nestes dias, eu fiquei sozinha muito mais tempo (com exceção da companhia angelical do meu doguinho!) e nunca me senti tão bem acompanhada. Nunca mesmo. E, além de tudo isso, eu fui embora de pessoas.

Sim, gente. Eu fui e estou indo embora. De muitos lugares (físicos e abstratos). E de pessoas. E isso foi uma das coisas mais incríveis que aconteceram na minha vida. Por mais paradoxal que pareça. O que não significa que foram as situações mais fáceis, com toda certeza. Mas, hoje, vejo que foram umas daquelas que mais digeridas foram. E que trouxeram à tona o que tinham aqui dentro, profundamente.

Acho que a gente mora em lugares, mas muitas vezes, moramos em pessoas. Em corações. Em sentimentos, mas também em convenções das coisas. Ou melhor, das pessoas. Porque me convém estar com fulano. Porque convém vivermos juntos. Porque convém. Mas e se não? Será que não existe uma segunda opção?

Como já refleti na terapia tempos atrás, acho que ainda não me tornei a pessoa que escancara pro mundo o motivo das minhas partidas. Mas acho que desenvolvi muito mais o sentido de tomar decisões deste tipo. Tudo porquê a gente passa por um processo de desconstrução para construir. De repartir para colar de volta.

A gente muda. A gente amadurece. A gente se reconstrói. A gente toma novos caminhos. A gente pensa diferente do que antes (ainda bem!). A gente se transforma. A gente se liberta. Mas a gente mantém a nossa essência. Ai vida, você é incrível mesmo!

Toxidades não fazem mais sentido. Incômodos já não ganham mais espaços. Desconfortos perdem a voz. Transparências e princípios tomam o destaque que precisam. A leveza começa a se tornar mais evidente e a certeza da não obrigatoriedade das coisas muito mais ainda.

Então, eu preciso agradecer demasiadamente todas as passagens e as permanências. Elas me tornaram mulher. Elas me tornam humana. Elas me fazem sentir como gente e me lembrar disso o tempo todo. E me ensinaram a como amar e como não amar. Me ensinaram o valor de contar sempre minha verdade. E não esconder, jamais, o que realmente sou.

Para todos que passaram: meu sincero muito obrigada! Com licença, mas já estou de saída.

Para os que ficaram e vão chegar: as belezas das novas chegadas me encantam! Sintam-se em casa, mas, com todo respeito, lembrem-se que não estão. Obrigada. De nada. ❤️

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Verdades que não me disseram (mas eu escrevi) sobre viajar sozinha para Londres

A primeira delas: que morar por quase 1 mês na capital inglesa seria, definitivamente, uma das melhores experiências da minha vida. Óbvio que isso não quer dizer que foi tudo tipo "viver no castelo da Disney", mas, com certeza, de um grande salto de aprendizado real/oficial. Tal como diz o título, quero compartilhar aqui algumas coisas que aprendi (e vivenciei na prática) durante minha viagem de intercâmbio para Londres (galera que ficou muito mais tempo, super aceito sugestões para acrescentar aqui, ok?).

 

Pra situar todo mundo: isso aconteceu em junho/julho de 2016. Eu tinha 24 anos e não me lembro de ter viajado sozinha alguma vez; sequer para a praia. Imagina para outro continente?! E começou meio assim, tomando 'dramin' no avião e sendo acordada algumas vezes pela aeromoça para comer as refeições (chicken or pasta?) e agradecendo-a toda vez por isso. Bom, tirando essa parte (que já adianto que sobrevivi numa boa - porque a Air Europa é legalzinha rs), foram quase 30 dias em que aconteceram muitas coisas. O tempo pode ter sido pouco, contudo, talvez com muito mais histórias (inesperadas) do que tinha vivido até ali. 

 

Além disso, a ideia do post surgiu porque, coincidentemente, nos últimos dias, duas amigas me perguntaram sobre isso. E foi muito bom lembrar ao contar para elas - motivo pelo qual decidi publicar logo aqui. E, também, pra simplificar esse montão de falácias, resolvi escrever o texto em formato de listinha. Eu sei que você também ama uma lista, vai. Então, vem junto ;)

 

1- Os londrinos recebem a gente bem sim: nada de serem super rígidos e secos. Conheci vários desde o primeiro momento em Londres (os funcionários do London Tube - metrô londrino evoluidíssimo) e também aquele monte de gente estrangeira que mora lá (tipo a mistura que temos em São Paulo) e não tive problemas com ninguém. Pelo contrário, fiz algumas amizades (from all over the world) e recebi muita ajuda pra indicações de caminhos dos londoners.

 

2- O metrô e o trem londrinos são evoluidíssimos: estou repetindo porque sim, é uma evolução que precisamos aprender. O mapa gigantesco pode assustar um pouco e os diferentes destinos do trem passarem no mesmo lado do trilho (atenção com isso) também podem espantar também, mas tudo isso se resolve em alguns dias de vivência por lá. E pedindo informação também. Você pode ter a sorte (como eu) de, inclusive, encontrar cachorrinhos circulando dentro do vagão. (Saudades, estação Seven Sisters!)

 

3- Morar em república (para quem tem síndrome de limpeza) é uma loucura: pessoas, me desculpem a sinceridade, mas limpeza é fundamental. E vou ser mais sincerona aqui: fiz uma mega higienização em tudo que estariam minhas coisas. A galera que morou na casa comigo vinha de vários lugares do mundo (Portugal, Bulgária, Inglaterra mesmo...) e, digamos, que cada um cuida de suas próprias coisas. Simples assim. Então, meu toque falou mais alto e foi álcool e pano pra tudo quanto é lado mesmo. Risos.

 

4- Londres tem mercadinhos próximos com centenas de coisas por menos de 1 libra: essa foi uma das surpresas boas de gastar minha grana por lá. Tudo bem que 1 libra custava quase 5 reais (esqueça essa conta enquanto estiver por lá!), mas, convenhamos que comprar um engradado de água ou vários salgadinhos ou 1 frasco delicioso de desinfetante, por menos de 1 libra cada, é sensacional! Foi assim meus passeios felizes ao mercado. E, os acasos de falar em inglês e a pessoa (brasileira) descobrir claramente minhas origens...

 

5- Passeio de ônibus com dois andares é muito legal, desde que você saiba para onde está indo: a verdade é que fiquei fascinada com os áudios gravados dizendo o nome de cada uma das paradas do ônibus (isso existe lá), além da vista incrível, mas, particularmente, prefiro ajuda do cobrador pra me indicar o local de parada. Opinião pessoal, eu preferi andar de metrô muitas vezes. Porém, nos ônibus encontrava alguns londrinos que me davam uma noção de melhor local de descida. E deu tudo certo.

 

6- Talvez você não seja um fissurado por história da arte, mas você irá se tornar um ao viver alguns dias em Londres: aceite esta verdade, cara. A possibilidade de visitar galerias, museus e bibliotecas incríveis é tanta que isso te encanta de um jeito. Eu assumo que sou essa pessoa louca por história da arte e tinha uma listinha de locais prévios para visitar, mas enlouqueci quando descobri que são todos de graça e próximos de estações de metrô. Não tem desculpa. Visite todas. E se deslumbre :)

 

7- Novamente, visite o maior número possível de galerias, museus e bibliotecas de lá porque são imperdíveis. Obrigada. De nada.

 

8- O Big Ben é lindo, mas admirá-lo da London Eye (roda gigante - cartão postal) é melhor ainda: tenha paciência para a fila porque esse local é o grande tour de Londres. O tempo de espera pode ser bem considerável, mas a compensação vem. E, se for para indicar o melhor horário, assista ao pôr do Sol. Tive a oportunidade de subir exatamente nessa hora por coincidência (após um longo dia de passeio em Wimbledon) e foi o melhor presente que recebi!

 

9- Tenha em mente que visitar Wimbledon é espetacular, mas considere uma fila de horas. O ingresso para apenas caminhar por lá não é caro, mas a espera foi longa. Porém, tive tempo de sobra para deitar, sentar, conversar com os britânicos e com os visitantes sobre tanta coisa, inclusive a grande oportunidade de estar ali. Esse foi o dia mais quente que estive lá, como máxima de 25º (mesmo em pleno verão - época do torneio) e os entornos de gramados em toda parte são bem relaxantes. Além disso, após um tempinho na fila, dá pra assistir os jogos pelos telões que eles disponibilizam por lá. Então fica até ok.

 

10- Viajar sozinha me fez conhecer tantas pessoas como nunca antes em alguma viagem (e a partir dali, essa seria uma das opções que eu amaria tanto). Tópico auto explicativo porque acho que ficaria um bom tempo dizendo os motivos aqui. Mas acho que traz o verdadeiro significado de amor próprio (na prática!). E agora entendo as mochileiras e corajosas que tanto lia nos grupos do Facebook. Vocês têm toda razão!

 

11- Estudar inglês em uma escola britânica por algumas semanas não é pouco: mesmo que não tenha nenhum brasileiro pra te dar uma mão, a sobrevivência é tranquilíssima por lá e eu aprendi muito, pode apostar. Inclusive, o aprendizado é tão envolvente em todo o tempo que estive lá que a escola é só mais um adendo. E sim, o sotaque deles e pronúncia são os melhores :D

 

12- Notting Hill e Portobelo Market são os melhores lugares de Londres (opinião pessoal, de novo), mas você pode ser surpreendido com Candem Town (local onde morou Amy Winehouse) e o passeio de barco no Rio Tâmisa. E mais: as melhores lembrancinhas de Londres são as plaquinhas. Tenho várias até hoje (além de presentear umas pessoas também com elas) e todas tem um espacinho especial de decoração, para mim.


13- O passeio até o marco zero de Greenwich é bom, mas cansa: vamos ser sinceros, né. Por ser um local mais afastado, precisei andar de metrô e depois um ônibus até lá. O parque é imenso e a subidinha para encontrar a vista linda é cansativa, mas viagem é assim mesmo, né. Tênis e roupa confortável, só para não esquecer. E uma dose de paciência para esperar sua hora para a foto. Assim, fica tudo bem ;)


14- Eu nunca gostei tanto de uma fila e de andar na multidão como gostei de esperar e admirar a troca da guarda britânica: amantes de The Crown (que nem existia na época que fui) vão me entender. Já falei de filas algumas vezes só neste post (porque assim como a maioria das cidades metropolitanas, Londres é bem isso), só que essa você talvez não reclame. Sincronia, perfeição, organização, respeito e tradição são algumas das palavras que explicam ao assistir este espetáculo que acontece todos os dias, ao vivo e a cores. Tem que ir pelo menos uma vez na vida!


15- O melhor de Londres são os parques e a possibilidade de se desconectar de muita coisa! Deixei por último, para falar dos meus melhores encontros comigo mesma nesta viagem. Sério, se você tiver a oportunidade de estar em Londres, pare um pouquinho sua correria em um parque de lá. Pode ser o Green Park (foto) ou o Hide Park ou qualquer outro. Mas que seja para refletir, para observar, para desacelerar e, principalmente, para agradecer. Mesmo que sozinha(o). Mesmo que distante de tanta coisa.

Talvez essa tenha sido a grande magia da cidade britânica: a oportunidade de aproveitar (e amar!) minha própria companhia em um dos maiores cartões postais do mundo.

So, I really apreciated that in my trip in London <3
Thank you so much! See you soon!

Eu no Green Park (foto tirada pela minha amiga brasileira que conheci lá): me disseram que essa poderia ser a foto de capa do meu livro e eu nunca mais esqueci disso <3


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Assim que possível, marque um encontro consigo mesma(o) em Machu Picchu

Claro, você pode combinar um encontro com você mesma(o) quando quiser e em qualquer lugar. Inclusive tomando um chá e lendo um livro em seu próprio quarto. Mas, cara, Machu Picchu tem uma coisa única com a gente. Algo de conexão e espiritualidade ímpares, sabe? Esta é a história de hoje.


Eu demorei para escrever este texto. E quando sentei pra escrever, foi feito em partes. Talvez para digerir melhor a experiência que vivi. Talvez para tentar revivê-la de uma maneira mais intensa por aqui. Ou talvez porque até hoje eu não tenha entendido muito bem o que houve naquele lugar - mesmo tendo passado mais de um ano após a viagem.

Estou falando do Peru e dos dias que estive por lá com uma grande amiga (aquele tipo de amiga que você quer viajar PRA TODO LUGAR juntas e que sabe que vai levar pra VIDA INTEIRA). E falo também de uma das sete maravilhas do mundo que é o Machu Picchu. Lugar considerado como "a cidade perdida dos Incas".

Engraçado isso. Porque o nome dá a entender que eles possam ter se "perdido" ou que estavam se perdendo de algo. Ou não. Vai saber. Mas a convicção que tenho é que realmente eu ME ENCONTREI. Comigo mesma. Um encontro particular e necessário (pra não dizer, urgente!). Mesmo cercada de muita gente. E mesmo sendo bem distante de tudo. O desconhecido que me levou para o lugar mais conhecido que eu poderia estar: que foi dentro de mim mesma.

Só para te situar, caro leitor e leitora, mas, no Peru, especialmente em Cusco, onde estivemos, muitos dos locais e construções que compõem a cidade são bem simples. O que não deixam de serem espetaculares, é claro. E muito menos, cheios de vida. Aliás, um clima de vida bem festejada por lá é, assim, de forma até palpável. Sorte a nossa termos ido (coincidentemente) na época de Fiestas del Sol. Povo cusqueño ama uma festa, sabe. E nós descobrimos isso da melhor maneira!

Outra descoberta é que o que não falta por lá são passeios. T-u-r-i-s-m-o com todas as letras. Não tão baratos, importante lembrar. Mas, com certeza, lugares nada parecidos com nenhum outro que já pudemos estar. Essas peculiaridades que encantam a cada 360º que você gira pelos arredores. Que a GoPro tentava captar bem, mas só sentindo mesmo para compreender melhor.

SÃO ELES, PARA NÃO PERDER. Plaza das Armas. Filhotes de lhamas e lhamas jovenzinhas pelas ruas. Igrejas. Mais praças. Mais lhaminhas. Centros Artesanais. Feirinhas. Fiesta del Sol. Danças festivas e culturais. Museus. Tecelagens. Arqueologias sem iguais. Construções Incas a perder de vista. Lhamas de novo (para nossa alegria!). Longas caminhadas. Céu de brigadeiro no dias de junho (e uma friaca nunca antes sentida, devo acrescentar). Mais lugares históricos (vale super comprar um cupom com um valor fechado para visitar as principais galerias e museus). Cuidadosas agriculturas e plantações locais. Paisagens mil. Vale Sagrado. Viagem de Trem. E o dia do Machu Picchu.

[Pausa para respiração] Lembro que na noite anterior, dormi de uma maneira surpreendente. Não ansiosa - o que seria bem habitual, para mim, em qualquer véspera. Eu teria que acordar às 3h30, sair às 4h. Mas o sono veio bem antes do que eu imaginava. Neste dia, eu estava sozinha. Minha amiga foi fazer uma trilha de 4 dias. E, no momento, eu sabia que precisava estar ali. Mesmo sem saber que precisava tanto.

Eu acordei antes do horário. Tomei café da manhã (quem diria que me daria fome). Uma mulher do hotelzinho me recomendou levar frutas na mochila e, grata, eu aceitei. Eu também tinha água e bolachas que tinha comprado numa vendinha próxima na noite anterior. Eu estava hiper agasalhada. Com uma botinha de trilha emprestada de uma outra amiga. E fui caminhando ainda no dia que nem tinha amanhecido.

Começou a clarear e eu estava com muitas pessoas por perto. Na fila, na van para subir à entrada do parque arqueológico, nas caminhadinhas. Já tinha ingresso e também já tinha um grupo com guia para procurar. E com gringos de locais espalhados por aí. Tinha também uma colega brasileira que adorei conhecer. Depois, no caminho, conheci ainda mais gente legal. E o Sol foi aparecer no céu azul-limpinho bem na hora que estávamos no chamado "Templo do Sol". A guia peruana que falava inglês ajudou nisso, eu sei. Mas tenho certeza que a ajudinha do céu foi bem mais gratificante.

Muita história, muita natureza, muitas construções de pedras cuidadosamente colocadas ali. E, sem saber direito como seria, eu tinha um ingresso a mais para subir em outra montanha. A montanha de "Machu Picchu". Ou "Velha Montanha". O que eu não fazia ideia é que ela teria 3,061.28 m de altitude e que eu demoraria mais de 4 horas para subir e descer. Lembra do NADA PARECIDO?! Pois bem.

A cada passada, uma nova surpresa. Muitos goles de água (que acabaram todos, por sinal). Todas as frutas e bolachinhas. Penhascos que eu tinha pavor só de olhar (meu agradecimento especial à minha nova colega brasileira que me ajudava tanto). Paisagens lindas. Poucas fotos tiradas para focar apenas no equilíbrio. E muitas respirações, indagações, aprofundamentos internos e reflexões em todo momento. Passado. Presente. E futuro. Tudo misturado.

Aí você chega. Você olha para aquela imensidão do alto. Mais giros de 360º. Fotos para registros, por favor. E uma lavagem espiritual e interna que te traz uma renovação inédita. Afinal, eu demorei muito, mas subi. Eu demorei ainda mais, mas desci. Chorei, dei gargalhadas, fiz novas amizades, esqueci passados traumáticos... E descobri que poderia ter uma montanha gigantesca milenar para ser desbravada, mas que, depois disso, ainda teria um horizonte mais imenso e belo para desfrutar, com uma sensação de prazer e realização extraordinários!

Talvez essa seja a lição que eu precisava pra vida.

GRACIAS MULTÍSSIMAS, Machu Picchu!

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Imagina (uma viagem tão especial) na Copa...da Rússia!

Viagem que é viagem merece ser compartilhada. Ainda mais uma experiência (única) na Copa do Mundo na Rússia - que além de juntar o mundo inteiro na Praça Vermelha, fez questão de recepcionar a todos com surpreendente simpatia e muitos abraços. Sim, senti quase como um Brasil todo em outro continente. Vem cá conhecer um pouquinho do que vivenciei por lá!


Spoiler: este é o primeiro post de uma sequência de textos sobre algumas de minhas viagens especiais que farei aqui no blog para vocês e ainda não tive a oportunidade de contar. Começando por Moscou (Rússia), seguindo pelo Machu Picchu (Peru) e depois, Londres (Reino Unido). Espero que gostem...e que possam abrir asas comigo! :)

UM ANO DE PLANEJAMENTO. E mesmo tempo de antecedência para compra das passagens de avião (amigos, isso realmente muda o jogo! - desculpem o trocadilho rs). Faço questão de ressaltar isso quando conto das minhas viagens, pois foi o que aprendi com meus pais viajantes (e também com meus amigos que são mochileiros assumidos). Não tem essa de esbanjar dinheiro ou coisa e tal. Aliás, ao meu ver, viajar nunca teve este propósito. Penso que o investimento (somado ao consciente planejamento, tipo pé no chão mesmo, e real conhecimento sobre tudo o que for necessário para o tempo da viagem) é o que nos motiva a entender que isso vale (bem) mais do que muita coisa na vida. Cultura, experiência e vivência - esse pacote é o que fecho quando decido se ir ou não para algum lugar. Na Rússia, fechamos sem questionar!

PREPARAÇÃO E (RE)CONHECIMENTO DO LUGAR. Outras coisinhas importantes - que pra mim estão entre as melhores partes- que antecedem a viagem. Um mergulho real/oficial em tudo que nos espera no país ou cidade que pretendemos visitar (pontos turísticos, dicas, mapa do metrô, Google Maps para se referenciar em distâncias etc.). E eu amo profundamente a internet por isso. Pesquisas em blogs; sites de cultura do país e tudo o que mais tiver. O que, no caso da Copa, se agregou ao site da Fifa (para ingressos dos jogos e o famoso Fan ID - espécie de visto para entrar na Rússia nos dias de Copa do Mundo. Particularmente, achei uma ideia genial).

Feito isso (claro, durante alguns meses), hora de ESCREVER UM ROTEIRO. Pelo menos, para ter uma noção bastante clara de tudo que gostaríamos de conhecer no tempo estabelecido que temos durante a viagem. O legal é que a sequência pode ser alterada nos dias por lá, mas o importante mesmo é anotar os pontos turísticos e atrações desejadas, principalmente, porque aí sim, será possível encaixá-los nos dias que se seguem. Sendo assim, finalmente, conto agora dos lugares que tivemos a oportunidade de conhecer (todos que recomendo muito!):

 1º dia: VISITA À PRAÇA VERMELHA (CATEDRAL DE SÃO BASÍLIO, ARREDORES DO KREMLIN E DO SHOPPING GUM).

Sem dúvidas, entendemos o porquê destes nomes serem tão conhecidos por suas belezas indescritíveis e tanta história para contar.

Mesmo com o fuso horário ainda se ajustando devido à viagem (em Moscou, são 6 horas à frente em relação ao horário de Brasília - então pensa na confusão), pegamos o metrô loucamente subterrâneo de Moscou. (Gente, só para vocês terem uma ideia de quão profundo: as escadas rolantes são gigantescas e bem íngremes. Fizemos um vídeo lá que durou quase 3 minutos para provarmos o tamanho).

Mas, de posse de um mapa do metrô em inglês (e atenção para os números e cores das linhas), é possível caminhar por lá "quase" numa boa. A estação para chegar na Praça Vermelha se chama (em inglês - atenção para isso, pois alfabeto cirílico é impossível): Okhotny Riad (linha vermelha, claro).

Estando lá, encontre a saída que queira começar o encantamento dos passeios e se prepare bem para algumas (muitas) caminhadas. Tênis é essencial! Mas, vale beeem a pena ;)

Obs.: O preço da passagem de metrô é de 55 rublos (cerca de 3 reais), mas nos dias de copa era de graça!
Eu na Praça Vermelha, em um momento de contemplação nos arredores da Catedral de São Basílio, famoso cartão postal de Moscou.
Os turistas se misturavam à muita empolgação de torcedores. Afinal, neste momento, faltavam poucas horas para a abertura da Copa do Mundo (que, inclusive, assistimos num bar russo que amamos e foi incrível ver o placar de 5 a 0 a favor dos anfitriões - eles enlouqueceram haha). Então, foi bem divertido apreciar estes lugares belíssimos ao som de vuvuzelas e torcidas (literalmente, do mundo inteiro!) animadíssimas.

Praça Vermelha no dia da abertura da Copa de 2018

Zabivaka, mascote da Copa, e eu :)

2º dia: VISITA AO INTERIOR DO KREMLIN, JARDIM DE ALEXANDRE, PASSEIO DE ÔNIBUS TURÍSTICO, COMPRAS NA RUA ARBAT E FIM DE TARDE NO TEATRO BOLSHOI.

Uma das melhores surpresas da viagem: o gigantesco e poderoso Kremlin. Até então, só tínhamos visto de fora - aquela muralha enorme que pode ser vista de longe em muitos lugares da cidade. E, quando entramos, a imensidão das construções das catedrais, monumentos, memoriais, museus, exposições arrebatadoras e o palácio do Senado. O mapa (de novo, em inglês) ajuda muito. E, o bom mesmo é apreciar com atenção cada detalhe artístico e belezas sem igual.

Importante: dá para comprar o ingresso para a entrada no Kremlin antecipadamente pelo site oficial do Kremlin. Foi a melhor coisa que fizemos, pois economizamos horas de uma grande fila lá fora. O valor é de 500 rublos, equivalente a R$28,50. Investimento!!!

No interior do Kremlin - me senti como no filme Missão Impossível 4
Minha pequenez perto das catedrais bizantinas maravilhosas do Kremlin

Em seguida, fizemos o passeio clichê (mas mega necessário) de turismo no ônibus vermelho de dois andares - que inclusive, aquele era um ônibus em homenagem ao turismo no Brasil. E eu adorei isso!
Compramos o ingresso também pela internet (o que compensou bem mais) e encontramos uma boa oferta no site da Decolar, que vale para dois dias. Mas, também é possível comprar no local.

Depois, descemos numa parada para conhecer a famosa Rua Arbat (foi lá que compramos as lembrancinhas da viagem - matrioskas queridíssimas e também nesta rua que tomamos uma boa bebida no Hard Rock Café de Moscou).

Por fim, encerramos a tarde (no ponto final do ônibus que passa de 20 em 20 minutos o dia inteiro) em frente ao Teatro Bolshoi. Uma das sensações mais emocionantes para mim. Foi um momento de apreciar e sentir a arte, a música, o balé (e a moda nas vestimentas), no local onde foram inaugurados clássicos de Tchaikovsky como Quebra Nozes e Lago dos Cisnes. Um privilégio!

3º dia: PARADA EM UMA ESTAÇÃO HISTÓRICA DO METRÔ DE MOSCOU E DIA DE COPA DO MUNDO: JOGO DA ARGENTINA X ISLÂNDIA, NO SPARTAK STADIUM.

Nesta manhã, antes de seguirmos para a Praça Vermelha para almoçar, descemos numa das estações famosas por serem históricas e que são quase que uma verdadeira galeria de arte. Confesso que não me recordo em qual exatamente estivemos (os nomes são indecifráveis), mas deixo os nomes abaixo que encontrei num blog de viagens. Qualquer uma delas é incrível:
- Estação Praça da Revolução (Ploschad Revolyutsii);
- Estação Novoslobodskaya;
- Estação Komsomolyskaya;
- Estação Mayakovskaya.

Este sábado também foi especial por conhecer o Spartak Stadium de Moscou, um estádio espetacular e muito organizado. Foi bem fácil chegar lá, pela estação de metrô com mesmo nome e excelentes sinalizações em toda parte. E os amáveis voluntários russos (que falavam inglês :D) que davam todo o suporte aos turistas.

Além disso, a emoção e sensações inéditas (pra mim) de um jogo de Copa do Mundo é uma experiência que você não esquece tão cedo. Inclusive, as músicas argentinas, como foi nosso caso. Risos!
Obs.: Ingressos também comprados com muita antecedência (antes mesmo de serem sorteados os grupos) pelo site da Fifa, preço padrão em dólar.
Eu (flamenguista em qualquer lugar do mundo) em frente ao Spartak Stadium de Moscou


4º dia: VISITA AO MUSEU HISTÓRICO E MAIS COPA DO MUNDO: JOGO DA ALEMANHA X MÉXICO, NO LUZHNIKI STADIUM +  JOGO DO BRASIL NA FIFA FAN FEST DE MOSCOU.

Já na Praça Vermelha, comprei por 250 rublos um ingresso para visitar o Museu Histórico e foi emocionante imergir na cultura e raiz deste povo - guerras, alianças, batalhas, temperaturas gélidas, mulheres que começaram a trabalhar. Cara, que sensacional!

A segunda parte do dia foi para um dia de puramente copa: jogo da Alemanha x México no fantástico estádio do Luzhniki (palco da abertura e da final) e corrida para assistir logo em seguida a estreia do Brasil na Fifa Fan Fest - com telão maravilhoso e estrutura ímpar!
De novo, as sinalizações nas estações de metrô e apoio dos voluntários foram essenciais :)

Além disso, fiquei muito feliz em sentir os abraços e pedidos de fotos dos russos por estarmos vestidos com a camisa do Brasil. Uma fofura e carinho só!

Eu no interior do estádio do Luzhniki - VAI BRASIL!

5º dia: VISITA AO PARQUE GORKY E PASSEIO DE BARCO NO RIO MOSCOU.

Tarde mais relax: conhecemos o vasto Parque Gorky (imagino que o Parque Ibirapuera deles) e pulmão de Moscou. Cada espaço cuidadosamente feito para curtir o melhor da natureza e esportes - tem até aluguéis de bikes, patinetes, patins etc, e muitas quadras públicas.
De metrô, descemos na estação Park Kultury.

Por último, bem ali ao lado mesmo passeamos com um luxuoso barco (mas não caro, obrigada!) no Rio Moscou por duas horas e meia. Paisagens, vistas e atendimento excelentes. Inclusive, em Moscou City (onde estão os prédios e construções contemporâneas da cidade).
Outro ingresso que compramos pela internet com antecipação, no site do Radisson.
Vale super!

Parque Gorky - as águas atrás são dançantes e musicais, mas não apareceram na foto.


6º dia, voltando pra casa: SÓ UMA DICA LEGAL (E FINAL) - O AEROEXPRESS PARA O AEROPORTO DEMODEDOVO.

Para fechar: a experiência foi ainda melhor quando, no dia de voltarmos para casa, descemos na estação Paveletskaya (linha 2 verde) e pegamos o Aeroexpress (por 500 rublos) para seguir para o aeroporto Demodedovo.
O conforto e as paisagens te lembram que você está na Europa e os 45 minutos de viagem (com Wi-Fi) passam rapidinho. Compensa muito!

Estação do Aeroporto de Demodedovo - após sair do Aeroexpress


Não dá vontade de voltar tipo agora?!
Eu, realmente, bem que queria. Inclusive para conhecer muitos outros lugares deslumbrantes do país que ficaram. Mas, o que me empolga é saber que os planos não param e a expectativa da próxima Copa (em Qatar) já começou! E aí, quem vamos???

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O que vai agora é sim um verdadeiro texto de empoderamento!

Talvez tenha gente que torça o nariz ao ler essa palavra. Talvez tenha gente que se empolgue. A palavra "empoderar" tem destas coisas mesmo. De fazer barulho e de incomodar. Então, lá vamos nós falarmos dela mais um pouquinho. Vem comigo!

Antes de qualquer coisa, devo ressaltar que este texto foi feito hoje e terminado quase agora. Contudo, é uma continuação do post anterior (se você não leu, ainda dá tempo, clica aqui). Relato este que eu sabia comigo mesma que teria continuação. Não com datas previstas nem palavras programadas. Mas que, assim como novas páginas para serem escritas, teria sim novos conteúdos para serem compartilhados - numa vida que não ia estacionar jamais!

Foto: Reprodução Instagram @1quartodecafe
Além disso, falar sobre todo este assunto importante e delicado (infelizmente, cada vez mais comum - resultado de muitas pesquisas e relatos que ouvi e li, de conhecidos e não conhecidos) é testemunhar, sentir e viver histórias REAIS. Como pessoas reais que somos e que, como qualquer ser humano, estamos susceptíveis a muitas coisas. Pessoas que sentem dor, que sentem alegria, que têm dificuldades e também superações. Que não precisam estar bem todos os dias. Mas que acordam buscando por dias e oportunidades melhores.

Bem assim, na verdade. Na realidade. Na vida sincera. Exatamente ao contrário do que um relacionamento abusivo proporciona. Aquele mundo encantado que se transforma em devastador em poucos segundos, é tudo, menos legítimo e aceitável. E chegando aqui, ao ponto de entender que era tudo uma mentira, é incrivelmente libertador. Motivo, inclusive, de celebração por cada passo conquistado.

Isso vale pra mim. Isso vale pra você que talvez tenha se identificado com algum daqueles "sintomas" doentios e que machucaram durante certo tempo. No entanto, tempo que também fez com que conseguisse abrir os olhos para a verdade. Palavrinha que é bem conhecida, mas que ó, só pode existir quando há totalmente ausência de mentira.

Por falar nisso, minha reflexão durante alguns dias após tudo isso foi muito nesse sentido: se muita coisa era mentira (e obviamente era!), cada palavra que a mim foi dita que teve a intenção de ferir, de diminuir, de minimizar, de esconder, de dar uma grande baixa na auto-estima, de apagar alguns sonhos e desestruturar em muitos aspectos, lá vai a novidade: eram também incansáveis mentiras!

Tá vendo o porquê do empoderamento ser tão incomodativo? Ele transforma sua forma de enxergar você mesma (o). Ele te dá aquela voz interior estimulante e incentiva a expandir quem você é. Na sua verdade. Na sua personalidade. Nos seus defeitos e qualidades. Na sua essência. E a melhor parte: te faz mostrar pra quem quiser ver e ouvir (o que vale muito pro nosso espelho todos os dias) que você pode sim. O que você mais pode é poder, minha cara e meu caro.

Pode ser empoderado no que desejar ser, crescer e viver. Porque te traz consciência do que deve ou não ser feito. Te potencializa no seu melhor. Te expande os direitos e deveres. E te abrilhanta o respeito consigo mesmo e com o outro. Dá uma buscadinha no Google sobre isso pra te dar um up ainda maior (mais até do que você tá acostumado a ouvir sobre o tema)!

Isso é um exercício diário, gente. De lembrar que estamos aqui para realizar ainda muita coisa. Conquistar. Expandir. Ajudar um ao outro. Transformar. E fazer um barulho danado de bom. Porque histórias tristes (e revoltantes, e injustas e tudo mais) podem acontecer, mas a reviravolta asseguramente também. Só o que não pode esquecer nessa jornada é de cuidar de você mesma (o). Ok? Que tal fazer uma lista de tudo que admira em si tipo agora? Por experiência, é possível sim. Você tem esse poder ;)